Qual mulher em idade fértil nunca se questionou em relação a querer ou não ter filhos? Hoje em dia estão cada vez mais compreensíveis os questionamentos femininos em relação a isso. E parece que isso se dá ao fato de a mulher ter o seu lugar garantido no mercado de trabalho, entre outras questões.
Mas o que pretendo abordar aqui não é o medo natural, mas sim o medo que limita a condição de realizar o desejo de ser mãe.
Medo, segundo o dicionário, significa ausência de coragem; preocupação com determinado fato ou determinada possibilidade. Entretanto o medo patológico, ou seja, aquele que pode ser considerado doença, está relacionado ao aumento da ansiedade, misturado com muitas emoções. A elevação da ansiedade em alguns casos, requer atenção, cuidado e tratamento, pois limita a pessoa no seu dia a dia, provocando mudança de comportamento e até sintomas físicos. Os transtornos de ansiedade e os medos, podem evoluir para transtorno de pânico e diversas fobias. Por isso é muito importante estar atento e não hesitar em procurar ajuda, caso perceba que algo mudou, mesmo que não tenha clareza exata do que está acontecendo.
O medo do parto, é um medo que sempre aparece nas fantasias das futuras mamães, e isso inclui medo de sentir dor e até da morte.
Tenho cada vez mais observado uma enorme preocupação das mulheres em não dar conta do acúmulo de funções que a maternidade requer, considerando que inevitavelmente elas terão que lidar com a divisão de tempo, entre o trabalho e os cuidados com os filhos. Isso sem dúvida as afasta da idéia de ser mãe.
Outro medo que acomete quando parte das mulheres é o medo em relação à mudança do corpo. Muitas temem se tornarem menos atraentes e isso prejudicar o seu relacionamento, além da interferência direta na sua autoestima.
A preocupação com parceiro e a necessidade de manter a relação estável, também é um dos receios que afastam algumas mulheres do sonho de ser mãe, pois temem que
a existência de uma criança, possa repelir o companheiro.
Medo de gerar uma criança com algum problema, seja ele físico ou mental, para algumas mulheres também é um fator de desistência da maternidade, e uma das explicações disso, pode ser o fato de as mulheres estarem se tornando mães cada vez mais tarde.
São muitos medos e preocupações que acometem as mulheres quando o assunto é decidir ter um filho. Mas o que é muito importante de ser levado em conta é o quanto esses medo interferem no seu dia a dia, prejudicando o seu equilíbrio emocional e por consequência até a sua saúde física. O autoconhecimento e a percepção das suas dificuldades e limitações, podem ser de grande importância para a saúde emocional da mulher. Sendo assim, um processo terapêutico pode ser de grande valia neste momento. Por que não buscar ajuda?